Os nomes são diversos, mas referem-se à mesma entidade: Yemanjá, Yemaya, Iemoja, Yemoja ou, em português, Iemanjá, nomes dados àquela que é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão “Yèyé omo ejá”, que significa “mãe cujos filhos são peixes“.
No Brasil, Iemanjá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas. Todo dia 2 de fevereiro, em Salvador, acontece uma das maiores festas do país em homenagem a essa que é considerada a “Rainha do Mar”.
A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde oferendam uma grande diversidade de coisas, como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
"Afrodite brasileira", Iemanjá é a padroeira dos amores e muito solicitada em casos de desafetos, paixões conflituosas, desejos de vinganças, tudo pode ser conseguido caso ela consinta. Iemanjá exerce fascínio nos homens, sua beleza é o esteriótipo da beleza feminina: Longos cabelos negros, feições delicadas, corpo escultural e muito vaidosa.
Têm poderes sobre todos aqueles que entram em seu domínio, o mar. Venerada e respeitada por pescadores e todos aqueles que vivem no mar, pois a vida dessas pessoas estão em suas mãos, segunda a lenda é ela quem decide o destino das pessoas que adentram seu império: enseadas, golfos e baías. Dona de poderes, a tranquilidade do mar ou as tempestades estão sob o seu domínio.
No sincretismo religioso, Iemanja tem identidade correspondente a outros santos, como na igreja católica é Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e a Virgem Maria.
Iemanjá também é conhecida como deusa lunar, rege os ciclos da natureza que estão ligados a água e caracteriza a "Mudança", na qual toda mulher é submetida devido a influência dos ciclos da lua.
Para católicos, hoje é dia santo, dia de Nossa Senhora das Candeias.
A origem da devoção à Senhora das Candeias tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote, a fim de apresentar o seu sacríficio (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se. Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam.
O importante mesmo é que respeitemos a opção religiosa de cada um. E que todos estejamos de braços e corações abertos para receber as bênçãos deste dia, seja você do Candomblé ou não.
Odoyá!
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